quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

NOTAS E REFERÊNCIAS

1 Mestre em Teologia pela PUCRS. Realiza pesquisa na área da Teologia Afroamericana.

2 Remetendo, aqui, ao livro organizado por SILVA, Antonio Aparecido da. Existe um pensar teológico negro?”. São Paulo: Paulinas, 1998.

3 Comentando particularmente sobre o capítulo “Compreensão e História”, de CORETH, E. Questões fundamentais de hermenêutica. São Paulo: EPU/EDUSP, 1973.

4 Descrevendo acerca do conceito de hermenêutica e em sua elaboração interpretativa sobre este mesmo assunto que levou-o a chegar a suas próprias considerações, sem, porém, abandonar uma construção, Gadamer escreve que “gostaria de discutir de maneira introdutória o termo hermenêutica”, para depois aprofundá-lo, no seguinte: “Esse não é nenhum termo usual no âmbito da filosofia. O jurista sabia o que esse termo significava, mas não o considerava – outrora – como efetivamente importante. Com o teólogo, as coisas não eram diferentes. Mesmo em Schleiermacher, o avô da hermenêutica moderna, a hermenêutica ainda se mostra quase como uma disciplina auxiliar, e, em todo caso, como subordinada à dialética. Em seguida, em Dilthey, a hermenêutica é enquadrada na psicologia. Foi só a aplicação dada por Heidegger à fenomenologia husserliana, uma aplicação que significou ao mesmo tempo a recepção da obra de Dilthey pela fenomenologia, que forneceu à hermenêutica pela primeira vez a sua significação filosófica fundamental” (in GADAMER, Hans-Georg. Hermenêutica em retrospectiva. Petrópolis: Vozes, 2007. p. 94.).

5 Citando Clifford Geertz: “[...] é a cultura que nos permite ficar extasiados diante de um dos fatos mais significativos da natureza humana: o fato de que nascemos com a possibilidade de viver mil vidas, mas terminamos por viver apenas uma” (in LARAIA apud SUESS, Paulo [Org.]. Culturas e Evangelização. São Paulo: Loyola, 1991. p. 20).

6 BRIGHENTI, Agenor. Para além da perplexidade do presente: A teologia desafiada. Texto sem publicação. p. 7; apresentando como um desafio a partir de outra obra: COMBLIN, J. “Evangelização e inculturação: implicações pastorais”. In: ANJOS, Fabri dos (Org.). Teologia da inculturação e inculturação da teologia. Petrópolis: Vozes, 1995. p. 57-89. p. 57.

7 Somente para citar um pequeno comentário à conceptuação que estamos buscando, dentro do pensamento ocidental, para traduzir o que queremos afirmar, Heidegger tematizaria pela expressão aletheia mais ou menos isso que dizemos sobre o desvelamento ou o “encobrimento”.

8 BOFF, Leonardo. In: SUESS, Paulo (Org.). Culturas e Evangelização. São Paulo: Loyola, 1991. p. 129.

9 GADAMER, Hans-Georg. Hermenêutica em retrospectiva. Petrópolis: Vozes, 2007. v. 1. p. 99.

10 SILVA, 1998.

11 Fazendo uma menção a uma reflexão muito bem desenvolvida em aula pelo professor Luiz Carlos Susin que, dentre outras coisas, afirma categoricamente: “Existem momentos na reflexão teológica em que a ‘não-teologia’ produz a teologia”. Entendo que, com isso, a teologia bebe de várias fontes, e, por isso, acredito firmemente que dentre as mais importantes fontes estão as culturas e as manifestações religiosas em suas expressões diversificadas, até mesmo como expressões de fé presentes e atuantes no seio das comunidades (cristãs e não cristãs). E digo até mais, sem tanto aprofundar agora: essas culturas, manifestações, expressões... configuram identidades em diálogo, e em processo contínuo  de expressão de vida, fé, amor, cultura, etc.

12 Dizemos isso refletindo já sobre os vários conteúdos e estudos elaborados e amplamente refletidos em todas as direções sobre o aspecto do pensamento afro. Porém, sentimos uma imensa defasagem de uma abordagem hermenêutica e teológica nesta mesma direção. Perguntamo-nos onde estariam as dificuldades para a “Teologia”, ou para os teólogos refletirem a partir de um referencial que fosse discutido, redefinido e constantemente re-elaborado, também como quebra de paradigmas e re-estruturação de pensamentos. Afinal, errar querendo acertar nem sempre foi pecado! Até mesmo para a teologia. O que será dito se tentando acertar consigamos também acertar nosso caminho começando por isso?

13 Enquanto constituição e organização teórico-prática: das disciplinas ensinadas não somente para os (as) afrodescendentes, como para todos(as) aqueles(as) que buscam e interessam-se pela temática. Tendo presente a Lei Federal 10.639/03 que até hoje nunca fora colocada em prática nas academias públicas e particulares da Nação Brasileira, devido à controversa discussão ou falta de vontade política dos governantes, Coordenadores Pedagógicos, Diretores de Faculdades – para mudança e implementação das medidas determinadas por leis que não se cumprem.

14 FREIRE, Paulo. Teologia negra y teología de la liberación. Prefácio à edição argentina da obra de James H. Cone, “A black theology of liberation”. Buenos Aires, Editorial Carlos Lolhe, 1973. 180 p. Também reproduzido: Cuadernos Latinoamericanos, Buenos Aires, n. 12, p. 9-11, 1974; Fichas Latioamericanas, Buenos Aires, Tierra Nueva, v. 1, ano 4, p. 55-56, dez. 1974. Prefácio à edição argentina de A black theology of liberation. In: FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade. p. 128-30. Este texto originou-se de um simpósio realizado em Genebra e intitulado A Symposium on Black Theology and the Latin American Theology of Liberation, promovido pelo Conselho Mundial de Igrejas e com a colaboração de Hugo Assman, E. I. Bodipo-Malumba e James H. Cone. Disponível em: . Vários acessos.

15 BODIPO-MALUMBA apud FREIRE, Paulo (Org.). Teología negra y teología de la liberación. p. 99.

16 PADILHA, Günter. Hermenêutica Bíblica Negra e seus desafios. In: MENALÓPEZ, Maricel; NASH, Peter T. (Orgs.). Abrindo sulcos: para uma teologia afroamericana e caribenha. São Leopoldo: Sinodal, 2003. p. 110.

17 RODRIGUES DA SILVA, Marcos. Caminhos da teologia afro-americana. In: SILVA, Antonio Aparecido da. Existe um pensar teológico negro?”. São Paulo: Paulinas, 1998. p. 9.

18 RODRIGUES DA SILVA, 1998, p. 10.

19 Não deixando de considerar que também o simbólico e o imaginário são reais dentro de uma cultura africana. Apenas mencionamos para designar “os mundos” como comumente, ou ocidentalmente o separamos para entender melhor aquilo que, geralmente, em uma visão africana, forma um mesmo “todo” da existência real.

20 BODIPO-MALUMBA, p. 102.
 
 
 

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Este espaço busca ser um lugar de interação com contribuições em temas relacionados às Culturas Afroameríndias, suas diversas manifestações e contextos. Nos campos de exposição, apresento em forma de reflexões alguns textos sociais, históricos, políticos, teológico-religiosos e educativos. Também o universo das artes e literaturas são outras referências, leituras e aprofundamentos, conforme este processo de interlocução dialógica em construção.
Agradeço-lhe pelo interesse em reconhecimento e atenção ao nosso trabalho!

Atenciosamente,
Reinaldo.

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