A seguinte Charge foi publicada nesta quinta-feira pelo jornal Inglês, “The Times of London”, que pertence ao conglomerado de mídia do magnata Rupert Murdoch, acusado pelo escândalo internacional de "escutas de telefone" que beneficiou o seu jornal... Nesta edição, essa polêmica charge que logo depois causou um alvoroço de várias manifestações pela rede...
Charge publicada pelo jornal britânico |
O desenho, intitulado “Prioridades”, retrata crianças somalis desnutridas, e uma delas diz: “I’ve had a bellyful of phone-hacking” (em tradução livre, “estou com a barriga cheia de escutas telefônicas”). Há alusão a dois acontecimentos atuais - de um lado, o escândalo deflagrado no jornal “News of the World”, de Murdoch, cujos funcionários usavam grampos ilegais para obter informações em primeira mão sobre celebridades, políticos, etc., e, de outro, a maior seca das últimas cinco décadas nesta detalhada região da África, que deixou milhares de crianças desnutridas.
Fato é que os meios de comunicação do mundo inteiro têm dado grande destaque à crise no império do magnata em detrimento de outros acontecimentos tão importantes quanto, mas, após a reprodução dessa charge, com a ironia do jornal e de vários outros jornalistas, pelo mundo, alguns mencionaram uma tentativa de fazer com que os leitores desviem a atenção do escândalo britânico.
Detalhe importante a ser destacado:
A fome na Somália tem pouquíssimo a ver com as secas lá ocorridas ultimamente. Tudo poderia ser resolvido com irrigação e, de emergência, alimentos e sementes levados por via aérea. A situação na Somália é, basicamente, fruto de manobras internacionais, que querem o controle de um ponto estratégico,por onde passam dez por cento dos petroleiros, e o controle de minerais estratégicos. É que quase ninguém lê a recente história (dos últimos 200 anos), das devastações que os paises colonizadores fizeram e ainda fazem na África, e noutros continentes. A pesca predadora é praticada impunemente nas costas da Somália, sem que o fraquíssimo governo local possa fazer nada. Quando tentaram fazer, o Reino Unido, a França e outros fortes paises enviaram lá vinte mil soldados e numerosos bombardeiros, para garantir o "trabalho" dos piratas do Ocidente, e ainda chamaram os voluntários guardadores das costas somalis de piratas.
O que é preciso saber sobre a situação da Somália e os chamados piratas, pelo seguinte documentário - que foi publicado/divulgado, também, no sitio Rebelión, e descrita pelo próprio autor, nestes termos:
"La piratería en Somalia acapara los medios de comunicación, pero la
información llega, en la mayoría de los casos, fragmentada, distorsionada, manipulada. Este documental trata de reorganizar y completar la información
existente, ofreciendo un acercamiento a este conflicto, a su origen,
a sus motivaciones... y sobre todo a sus consecuencias.
información llega, en la mayoría de los casos, fragmentada, distorsionada, manipulada. Este documental trata de reorganizar y completar la información
existente, ofreciendo un acercamiento a este conflicto, a su origen,
a sus motivaciones... y sobre todo a sus consecuencias.
Para más detalles acerca del proceso de realización, documentación, etc"
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Este espaço busca ser um lugar de interação com contribuições em temas relacionados às Culturas Afroameríndias, suas diversas manifestações e contextos. Nos campos de exposição, apresento em forma de reflexões alguns textos sociais, históricos, políticos, teológico-religiosos e educativos. Também o universo das artes e literaturas são outras referências, leituras e aprofundamentos, conforme este processo de interlocução dialógica em construção.
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