O Povo da Guiné nunca aceitou a dominação colonial, resistiu de maneira feroz contra os colonialistas, criando movimentos de insurreição. Essa resistência inteiriçou-se durante 50 anos, luta contra a dominação, só em 1937 que os movimentos insurreccionais foram derretidos, devido a superioridade técnica das armas associada à fraqueza dos movimentos causada pela desorganização interna – falta duma direcção esclarecida.
O desfecho da segunda guerra mundial, iluminou consciência dos movimentos de libertação dos povos africanos, mostrando-lhes a importância de consciencialização e de emancipação dos povos africanos, foi dai que um grupo de de nacionalistas da Guiné e Cabo verde, dirigidos pelo AMILCAR CABRAL criaram o Partido para Independência da Guiné e Cabo-verde, PAIGC. Desde a sua criação, definiu-se explicitamente os seus objectivos: a Libertação total, pelo regresso a nossa própria história, pelo fim da exploração do homem pelo homem e pelo desenvolvimento dos nossos países nos planos social, económico e cultural, ao serviço do progresso, paz e felicidade dos nossos povos e de toda a Humanidade.*
* (Relatório do CCI ao II Congresso do PAIGC, Aristides Pereira, Pag.45)
A Luta da Independência foi sem dúvida uma continuidade dos movimentos insurreccionais a bem organizada que veio a libertar a Guiné-Bissau do jugo colonial.
O Massacre de Pitchiquiti foi a gota de água que faz transbordar a água no copo. Foi em 1959, quando os marinheiros, em Bissau, reivindicavam as melhores de condição de trabalho e do salário, foram surpreendidos a tiros pela força policial colonial, foi uma violação histórica que marca a presença colonial na Guiné. Isso alarmou não só classe intelectual guineense, deu razão a necessidade de desenvolver uma luta de descolonização que vinha a ser preparada por alguns intelectuais, particularmente Amílcar Lopes Cabral e Vasco Cabral.
Em 1953 foi criado o Partido para Intendência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) liderado pelo Amílcar Lopes Cabral, foi a organização política, não obstante existia outra, como por exemplo, MIG, FILING, que conseguiu trazer aos guineenses, em 24 de Setembro de 1973, a independência.
Amílcar Cabral (nasceu em Bafatá, Guiné-Bissau em 12 de setembro de 1924 — faleceu em Conacri, em 20 de janeiro de 1973). Ele foi um líder político de Cabo Verde e da Giné-Bissau.*
* (Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/AmÃlcar_Cabral"Foi em 23 de Janeiro de 1963 que o Combatente, Comandante Arafam Ndjamba Mané deu o primeiro Tiro, no sul do país, concretamente no quartel de Tite, que marcou o inicio da luta armada. A Luta armada foi arquitectada de forma a convergir todas as forças, da Guine e do Cabo Verde, sustentada pela ideologia de nacionalismo e da independência. Essa estratégia ideologia criva um impacto no pensamento e atitude dos guineenses e cabo-verdianos, harmonizando felizmente todas as etnias guineenses.
A luta armada teve um impacto fenomenal, os combatentes da liberdade com escassos recursos matérias, conseguiram, logo depois de 6 anos, controlar 2/3 do território nacional, dados que comprova o sucesso e possível vitoria dos combatentes.
O período paradoxal começou logo no final da luta de independência quando foi assassinado, com três tiros, o competente Nº1 idealista da construção da Republica da Guiné-Bissau, no dia 23 de Janeiro de 1973, por Inocencio kani, e no dia 24 de Setembro do mesmo ano o PAIGC declarou unilateralmente a independência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este espaço busca ser um lugar de interação com contribuições em temas relacionados às Culturas Afroameríndias, suas diversas manifestações e contextos. Nos campos de exposição, apresento em forma de reflexões alguns textos sociais, históricos, políticos, teológico-religiosos e educativos. Também o universo das artes e literaturas são outras referências, leituras e aprofundamentos, conforme este processo de interlocução dialógica em construção.
Agradeço-lhe pelo interesse em reconhecimento e atenção ao nosso trabalho!
Atenciosamente,
Reinaldo.